


Em seguida surge outro monge, João Maria de Jesus, nome adotado por Anastás Marcaf, turco de origem. Também percorria o sertão benzendo, curando e batizando. Não juntava gente em volta de si, não dormia nas casas, mas atacava a República. Desapareceu por volta de 1908 e, segundo a população de então, “está encantado no Morro do Taió”.
É um terceiro monge, entretanto, que vai aglutinar o povo do sertão do Contestado e, de alguma forma, levá-los à guerra. Chamava-se José Maria - seu verdadeiro nome era Miguel Lucena e sugeria ser irmão de João Maria. Benzia, curava, batizava e reunia gente ao seu redor lendo, regularmente, o livro do Rei Carlos Magno e seus Doze Pares de França - com seus ensinamentos de guerra. Atacava duramente as autoridades e a República.
Ameaçado pelos coronéis da região do Contestado, o Monge e um grupo de sertanejos deslocaram-se para o Irani, em terras que o Paraná considerava suas, palco do primeiro combate da guerra. A 22 de outubro de 1912, na região denominada Banhado Grande, José Maria e seu grupo são atacados por soldados do Paraná comandados pelo coronel João Gualberto.
Morrem o monge e o coronel.
11 comentários:
adorei ler sobre os monges do contestado.
parabéns pela informação que nos proporcionou.
minha filha precisa fazer um trabalho na escola e vamos utilizar os conhecimentos aqui adquiridos.
continue escrevendo com grande valor para que assim conheçamos melhor a história de Santa Catarina.
Olá! Também adorei ler sobre a Guerra do Contestado, tenho um trabalho de história e essas imagens eu achei somente aqui. Parabéns pelo trabalho.
Abraços. Mayra.
Exelente trabalho, nossos "dignissímos" parlamentares deveriam le-lo antes de tomarem posse, para adquirerem o mínimo de conhecimento sobre nosso valoroso povo e de como não se tratam as pessoas e meio em que vivem.
Fui advogado e após ver a posição adotada pelo "Ilustre" Rui Barbosa defendendo os interesses escusos da Brazil Raillway sinto vergonha de um dia tê-lo considerado um exemplo de ética e retidão.
Tambem me decepcionei com Rui Barbosa.
E o Brasil uma vez vendido, vendido para sempre.
Achei esta reportagem, Revista de História da Biblioteca Nacional (01/10/2012), sobre o 1º monge João Maria/Giovanni Maria de Agostini. É interessante as informações sobre o homem que deu início ao mito do "São João Maria" e o que aconteceu depois que ele saiu do Brasil, enquanto o povo daqui achava que ele havia desaparecido. Também chama a atenção o fato de que as fotos que geralmente são creditadas como sendo do João Maria de Agostini, onde ele aparece sentado e com as pernas cruzadas, são, na verdade, do João Maria de Jesus/Anastás Marcaf, o 2º monge. Segue o link da reportagem: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/assim-caminhou-joao-maria
Amei estou fazendo trabalhos sobre isso e precisava disso e me empolguei e comecei a ler e ajudou murim tirei dez na escola!!!!!......🖤
Digo Ajudou muito******
Top demais
sou de taio e creci escutando as historias do monge
Romario Borelli
A biografia do "primeiro monge", o italiano João Maria de Agostini, só foi completada com a obra do Prof. Dr. Alexandre de Oliveira Karsburg, quando este descobriu o túmulo do monge italiano em Las Cruzes, Novo Mexico, EUA. A excelente obra do historiador Karsburg, sua tese de doutorado, O Eremita das Americas : a odisseia de um peregrino italiano no século XIX, foi publicada pela Universidade Federal de Santa Maria, 2014. Obra de referencia fundamental para os estudiosos do tema.
Complementarmente sobre o monge italiano há a obra Giovanni Maria de Agostini, Wonder of the Century, de David G. Thomas, que fez um intercambio de informações com o Dr. Karsberg e teve sua obra publicada, também em 2014, pela Mesilla Valey History Series. EUA.
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